AS PRINCIPAIS CAUSAS DE MORTALIDADE MAIS COMUNS NA INFÂNCIA NA AMÉRICA LATINA

16/04/2020

A mortalidade infantil é um indicador demográfico que mostra o número de mortes de crianças em uma população de cada mil nascidos vivos registrados durante o primeiro ano de vida. Sem dúvida, é um dos indicadores fundamentais da saúde. Essa taxa está intimamente relacionada às melhorias médico-sanitárias, atendimento a gestantes no período pré-natal e à melhoria da dieta em população um país.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE no Brasil, a taxa é de 12,4 a cada mil nascimentos. Para a Organização Mundial da Saúde, desde 1990 a mortalidade infantil, além disso, a mortalidade infantil foi reduzida pela metade no mundo. Mesmo com uma redução significativa ainda não é suficiente. As principais causas de morte são complicações no trabalho de parto prematuro, pneumonia, anemia, asfixia no nascimento e diarreia.

Principais fatores da mortalidade infantil

A mortalidade infantil é um problema complexo e está associado a uma variedade de fatores, como a saúde materna, qualidade e acesso a cuidados médicos, condições socioeconômicas e práticas de prevenção e saúde pública.

Apesar da drástica redução na mortalidade infantil, as taxas mais altas hoje em dia em todo o mundo ainda são observadas na África e em partes da Ásia. Na América Latina esses números foram especialmente dramáticos. Na Bolívia, de cada 1.000 crianças nascidas em 2000, cerca de 80 morreram antes dos cinco anos e no Peru, quase 40. Quinze anos depois, essas taxas foram reduzidas pela metade.

Além dessa redução na mortalidade infantil, diferentes indicadores mostraram melhorias significativas no estado de saúde de crianças menores de cinco anos em sete países da América Latina: México, Costa Rica, Colômbia, Peru, Bolívia, Brasil e Argentina. Esse avanço não pode ser associado apenas à cobertura de saúde pública, mas é o resultado da combinação de vários fatores. A mudança do contexto político, econômico e social dos últimos 15 anos, bem como os determinantes sociais da saúde, abriram o caminho para o otimismo. 

Nesses países, os governos concedem cobertura de saúde a crianças menores de cinco anos de duas maneiras diferentes: através de planos de benefícios explícitos que definem claramente quais intervenções de saúde são cobertas pelo Estado (Argentina, México e Bolívia) ou como parte de seus sistemas nacionais de saúde (Brasil, Colômbia, Costa Rica e Peru). Ambas as formas de ação incluem atendimento pré-natal, para que o parto e suas complicações sejam cobertos, além de doenças neonatais, vacinação, monitoramento preventivo da saúde de crianças e atendimento médico geral e de emergência.

Independentemente do sistema de cobertura, a desnutrição infantil crônica diminuiu em todos os países, houve reduções significativas na mortalidade de menores de cinco anos ou na mortalidade infantil causada por infecções respiratórias e no caso de mortes neonatais ou causadas por diarreia.

A cobertura de saúde que esses sete países latino-americanos oferecem a crianças menores de cinco anos, juntamente com a influência positiva do contexto social, local e até internacional, incentivam um futuro promissor. 

Principais causas da mortalidade infantil

No entanto, a análise das condições de saúde desse setor da população continua a oferecer um quadro altamente sensível de problemas não resolvidos e emergentes que, por um lado, são caracterizados pela persistência das consequências da desnutrição ou mortes por diarreia e, por outro, enfatizam a necessidade de enfrentar novas realidades, como prematuridade ou cesariana desnecessária, cujas incidências no desenvolvimento e no estado de saúde das crianças são muito negativas.

Acidentes

O acidente na infância em sua maioria poderia ser evitado com o conhecimento de primeiros socorros, tanto em casa quanto em ambientes educacionais, como escolas, jardins de infância ou centros esportivos. Os acidentes sofridos por crianças constituem um grave problema de saúde. Eles são uma das principais causas de mortalidade na população infantil. 

Dez por cento das crianças sofrem um acidente durante o primeiro ano de vida, principalmente quedas, queimaduras ou golpes. A asfixia ou asfixia por imersão, acidentes de carro, quedas e queimaduras são as principais causas dessas mortes.

Os acidentes são, portanto, a principal causa de morte em crianças saudáveis ​​com mais de um ano. A ignorância do perigo, a curiosidade, um grande desejo de autonomia e muita atividade são fatores que explicam o grande número de acidentes em crianças. Por esse motivo, a prevenção é sem dúvida a intervenção que pode salvar mais vidas.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que durante 2015 quase seis milhões de crianças morreram antes do quinto aniversário e que aproximadamente 45% das mortes infantis estão associadas Problemas de desnutrição. 

Anemia

A anemia é um dos problemas de saúde mais importantes do mundo. A principal causa da anemia é a deficiência de ferro, embora geralmente coexista com outras causas, como malária, infecções ou desnutrição. Contribui para a mortalidade de meninos e meninas e para uma alta porcentagem de crianças nascidas com baixo peso e com deficiência. É difícil de detectar a olho nu, pois geralmente aparece acompanhado de outras doenças mais visíveis, mas é essencial tratá-lo o mais rápido possível, pois, se não, torna-se uma fome oculta.

Estratégias de prevenção

Para a Organização Mundial da Saúde, até dois terços das mortes de recém-nascidos podem ser evitados aplicando medidas de saúde conhecidas e eficazes no momento do parto e durante a primeira semana de vida. Confira algumas dicas de prevenção:

  • Atendimento domiciliar adequado e tratamento oportuno de complicações em recém-nascidos;
  • Cuidado integrado para doenças da infância em todas as crianças menores de 5 anos;
  • Programa de imunização ampliado;
  • Alimentação de bebês e crianças pequenas;
  • Estímulo a Amamentação.

Nesse contexto, ainda é necessário garantir e melhorar o atendimento às crianças desde os primeiros anos, mas também às mães. Assistência médica vitalícia é a demanda para reduzir a mortalidade. Além disso, estimular a amamentação e a alimentação adequada, visando evitar a anemia. Esta doença silenciosa possibilita o aumento da mortalidade infantil.

Por fim, é necessário enfatizar que essas estratégias devem ser complementadas com intervenções voltadas à saúde materna e atendimento qualificado durante a gravidez e o parto, bem como, a garantia dos direitos fundamentais a criança e a mãe. A prevenção a mortalidade infantil é uma preocupação de todos.

Crie seu site grátis! Este site foi criado com Webnode. Crie um grátis para você também! Comece agora